As 15 habilidades do trabalho do futuro de acordo com o Fórum Econômico Mundial.
1 - Pensamento analítico e inovação
A capacidade analítica é essencial para profissionais que desejam aprimorar a argumentação e o pensamento autônomo.
Responsável por promover uma perspectiva mais detalhada, possibilita outras conexões e principalmente, ajuda a encontrar lacunas.

Também ajuda a mapear as nuances de algum plano, projeto ou até área, que podem não ser muito aparentes para a grande maioria, potencializando a eficiência, podendo ser essencial para alcançar os resultados esperados.

Ao exercitar o pensamento crítico, a inovação é naturalmente cultivada, pois os gaps podem ser utilizados como matéria-prima para novas iniciativas.

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2 - Aprendizado ativo e estratégias de aprendizado
Uma das habilidades-chave para conquistar as demais, o aprendizado ativo proporciona maior independência e melhor absorção do conhecimento, principalmente por sair do campo da teoria.
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Em 2018, empresas americanas gastaram cerca de US$ 87 bilhões de dólares em treinamentos, sem um norte claro de sua eficácia, já que a maioria das capacitações são compostas por videoaulas com pouca aplicação no dia a dia.

A aprendizagem ativa permite maior envolvimento, aplicabilidade e reflexão imediata, isso é, impacta diretamente na execução de tarefas.


Com essa competência, conseguimos tomar decisões melhores e direcionar estratégias que tendem a ser mais assertivas, já que o aprendizado ativo é recorrente, isto é, está mais próximo de um hábito cotidiano do que de um objetivo distante.


3 - Resolução de problemas complexos
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Aprender onde concentrar a energia é uma dúvida recorrente em níveis mais estratégicos.

Sendo assim, aprender a alocar o tempo é crucial, além de definir prioridades.

Essa habilidade tentar direcionar essas questões, desenvolvendo mecanismos que tentam esclarecer de maneira prática: qual problema vem primeiro?

Afinal, enquanto gestor ou empreendedor, seu tempo é o seu recurso mais precioso.


Por isso, aprender a resolver problemas complexos está diretamente relacionado à capacidade de fazer as perguntas certas, que irão te direcionar para uma resolução mais eficiente e rápida, realocando o tempo disponível para continuar melhorando o negócio, a performance do time e o seu próprio desenvolvimento.


4 - Análise e pensamento crítico

Desenvolver o pensamento crítico é tão fundamental quanto o pensamento analítico, e se for para criar um diferencial entre ambos, o primeiro é capaz de analisar mais objetivamente as circunstâncias, utilizando uma abordagem mais científica e diminuindo a influência de emoções.

Ao analisar eventos, informações e argumentos de maneira concisa, direta e imparcial, essa competência ajuda a formar conclusões embasadas em fatos, direcionando a tomada de decisão a partir desse processo.

Com transformações acontecendo todos os dias, analisar e pensar criticamente, permite avaliar situações de maneira mais coerente, priorizando uma situação de "ganha-ganha".

“Desenvolver o pensamento crítico é relevante não apenas para o trabalho, mas também para a vida.

Hoje somos inundados com enormes quantidades de informações todos os dias e, para poder analisar essas informações e determinar nossa posição com base em fatos equilibrados, é importante olhar para as situações criticamente.”
Tatiana Melnichuk, fundadora e head da empresa internacional de recrutamento de TI Lucky Hunter.

5 - Criatividade, originalidade e iniciativa
Empresas mais criativas tendem a se desenvolverem melhor.
De acordo com um relatório da McKinsey existe uma ligação direta entre desempenho financeiro e criatividade.
Empresas consideradas mais criativas apresentam um crescimento de 67% maior em comparação com as demais e para os acionistas, retornos 70% acima da média.

A mesma ideia de desenvolvimento acontece com os profissionais criativos.
Quando essa habilidade é priorizada no desenvolvimento de carreira, ajuda a solucionar problemas de maneira inovadora, obtendo insights através de perspectivas distintas.

Além disso, ao impulsionar ideias "contra intuitivas", o desempenho individual aumenta e o trabalho colaborativo é estimulado, fazendo com que todos aprimorem esse senso de criatividade, criando uma cultura de inovação e senso de dono.

6 - Liderança e influência social
Grande protagonista atualmente, a liderança ainda será fundamental no futuro.
Levando em consideração os diversos tipos de liderança, a abordagem nos próximos anos tende a ser mais parecida com a liderança transformacional, que lidera pelo exemplo, e que utiliza o poder da influência com a maestria.

Essa abordagem é comum em líderes carismáticos e que transmitem confiança para toda a equipe.
Esse componente é importante pois é capaz de alinhar uma visão compartilhada.
Para isso, escutar a equipe ativamente, se concentrando no presente, e disponibilizando feedbacks constantes é fundamental.

7 - Uso, monitoramento e controle de tecnologia
Uma rede de restaurantes precisa garantir o monitoramento eficaz para que os sistemas de vendas não fiquem offline, por exemplo.
Essa habilidade é capaz de gerenciar tecnologias distribuídas em diferentes locações de maneira remota, garantindo que tudo funcione corretamente.

Em um mundo em que a tecnologia ocupa um lugar cada vez mais central na vida de todos, é natural que manter tudo funcionando seja essencial e com alta demanda.

8 - Programação e design de tecnologia
Com o avanço da tecnologia, é natural que habilidades que contemplem essa evolução sejam amplamente desejadas pelas empresas.
Neste cenário, saber programar vem ocupando um espaço cada vez maior no mercado de trabalho, e segundo o LinkedIn, já é uma das 10 competências mais procuradas atualmente.

Além disso, a interface desses projetos também é fundamental, pois garante que o usuário irá utilizar.
Por isso, o design é essencial para construir uma boa jornada e garantir uma experiência agradável.
Essas habilidades tendem a estar em alta, ajudando a desenvolver tecnologias emergentes como é o caso da realidade aumentada.

9 - Resiliência, tolerância ao estresse e flexibilidade
A pandemia reconfigurou o trabalho de maneira inédita na história recente.
Trabalho híbrido e um ambiente macroeconômico incerto foram alguns dos cenários que adicionaram preocupações profundas, impactando o potencial de desempenho de muitos profissionais.

O cenário fortaleceu a importância de determinadas habilidades, incluindo resiliência, tolerância ao estresse e flexibilidade, demonstrando que saber como lidar com incertezas e frustrações pode ser um grande diferencial.

Desenvolver esses e outros aspectos emocionais tendem a ser essenciais também para o futuro.
Além de melhorar o desempenho e a alta performance, fortalece a inteligência emocional, principalmente no caso de cargos gerenciais e estratégicos, que são responsáveis por decisões cruciais no dia a dia, e que podem ser mais suscetíveis a altos níveis de ansiedade e burnout.

10 - Raciocínio, resolução de problema e ideação
Uma das qualidades mais importantes de um líder ou gestor é a capacidade de execução.
Por isso, desenvolver habilidades como raciocínio lógico e ideação são fundamentais para resolver problemas estrategicamente, priorizando os melhores resultados e o alinhamento entre as equipes.

A capacidade de ideação permite que as iniciativas saiam do mundo das ideias para uma esfera mais tangível, transformando informações em insights e posteriormente, em ações.
Profissionais que desenvolvem essas capacidades são mais propensos a serem inovadores, pois olham para os dados e os transformam em conhecimento útil, usado para tomar decisões mais embasadas e táticas.

11- Inteligência emocional
Uma pesquisa citada pela Harvard Business School apontou que 90% dos líderes com excelente performance demonstram um alto nível de inteligência emocional, e ao que tudo indica, essa habilidade continuará importante em um futuro próximo.

A capacidade de entender e gerenciar as emoções (suas e dos demais), mostra-se essencial, e continuará em um futuro na qual a divisão do trabalho será reformulada, com tecnologias emergentes e diversas inovações.
Por ser uma habilidade que demanda autoconhecimento, impacta ainda na autoconfiança e na motivação, importante em todo desenvolvimento de carreira.

“Os líderes mais eficazes são todos iguais em um aspecto crucial: todos eles têm um alto grau do que veio a ser conhecido como inteligência emocional.
Não é que o QI e as habilidades técnicas sejam irrelevantes.
Eles importam, mas… São os requisitos básicos para cargos executivos.”
Daniel Goleman, pesquisador da inteligência emocional responsável por popularizar o termo

12 - Solução de problema e experiência do usuário
Troubleshooting é um know-how atrelado majoritariamente a funções da área de tecnologia, e é responsável pela resolução de falhas que afetam a infraestrutura de computadores e sistemas.

Levando em consideração que a transformação tecnológica está avançando até nos setores considerados mais tradicionais, manter tudo funcionando deve ser uma prioridade.
Além disso, a importância da experiência do usuário faz toda a diferença para o sucesso de um produto ou serviço, e quando digital, uma boa interação é ainda mais determinante.

Nesse sentido, grande parte das decisões mais importantes priorizam uma interação com menos atritos, simples e intuitiva.
Assim, o “troubleshooting”, "resolução de problemas” em tradução livre, também diz respeito a solucionar falhas em produtos e serviços da rede.

13 - Orientação de serviço
Essa habilidade está relacionada ao desenvolvimento de uma percepção mais aguçada sobre disponibilidade, focando em ser mais prestativo.
Ser orientado ao serviço aprimora a capacidade de antecipar necessidades, focando na satisfação e no suporte, seja esse esforço direcionado aos clientes ou a equipe.

Mesmo que pareça uma habilidade mais simbólica e menos objetiva do que as descritas até aqui, agrega um diferencial importante, levando em consideração a automação e as máquinas inteligentes, o que faz com que ganhe ainda mais destaque a médio e longo prazo.

14 - Análise e avaliação de sistemas
Essa é outra competência que prioriza a capacidade de resolver problemas objetivamente, analisando sistemas e utilizando técnicas de design.
A análise e avaliação de sistemas consiste em uma habilidade que pode ser considerada “metódica”, que vai do micro para o macro: através da análise de cada componente de um sistema geral busca resolver gargalos específicos.

Ademais, a análise de sistemas pode ser considerada a tecnologia da informação aplicada.
Com um processo ordenado, é possível acessar conhecimentos que embasam a tomada de decisão, otimizando recursos.

Em suma, o profissional que desenvolve essa competência está constantemente atualizando seus conhecimentos, focando em melhorar a produtividade e em resolver problemas.

15 - Persuasão e Negociação
Fortalecendo a ideia do que diferencia o trabalho humano do trabalho de robôs humanoides, por exemplo, habilidades que não podem ser exatamente replicadas pelas novas tecnologias tendem a se destacar, sendo negociação uma delas.

Além de auxiliar na capacidade de persuasão, confiabilidade e resolução de conflitos, exercita o pensamento estratégico de maneira holística, aprimorando a busca por conhecimentos, e criando relações de “ganha-ganha”.

People Skills: as habilidades interpessoais são o futuro
Em suma, as habilidades do futuro são em sua maioria consideradas people skills, àquelas habilidades mais comportamentais do que técnicas.
Nesse sentido, desenvolver uma abordagem de aprendizado constante pode se tornar um diferencial competitivo, além de prevenir o efeito dunning-kruguer.

Já as empresas que saírem na frente, isso é, se voltarem a entender como será o futuro do trabalho, tendem a desenvolver processos de recrutamento e seleção de maneira mais assertiva, adicionar outra perspectiva ao planejamento estratégico, além de aumentar a retenção de talentos.

Sair da zona de conforto pode ser difícil, ainda mais se for alguém mais avesso a correr riscos, contudo, as profissões estão sendo ressignificadas, e a obsolescência profissional tende a ser mais comum do que em qualquer outro período da história. Para evitá-la, um dos caminhos a seguir é se desenvolver de maneira contínua.

“Para alguém ser bem-sucedido em 10 anos, precisa ser resiliente e capaz de se reinventar em diferentes ambientes de aprendizado.”


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